Escrito da

MÃE TRINIDAD DE LA SANTA MADRE IGLESIA,

do dia 24 do mês de junho 2001, titulado:

EM BEM-AVENTURANÇA CONVERTEU-SE MINHA CULPA PARA MINHA ALMA DOLORIDA DIANTE DE JESUS CRUCIFICADO

O mistério maravilhoso da encarnação, vida, morte e ressurreição de Cristo, foi realizado pelo poder infinito e coeterno da adorável Trindade, em conseqüência e como conseqüência de ter-se rebelado a criatura contra a vontade infinita da Excelência de Deus, ofendendo a sua subsistente e infinita Santidade;

para redimir-nos e reconciliar-nos novamente com Ele, e para a realização dos seus planos eternos, perfeitos e acabados, sobre nós, ao ter-nos criado à sua imagem e semelhança para que o possuíssemos.

Se o homem não tivesse pecado, Deus não se teria encarnado, nem teria tido, para a manifestação do esplendor da sua glória em desbordamento de compaixão, que derramar-se sobre nossa miséria; a qual levou o Cristo do Pai, o Ungido de Iahweh, à morte ignominiosa de crucificação, como vítima expiatória de reparação infinita diante do Deus três vezes Santo ofendido; e, como Cordeiro imaculado, a oferecer sua vida em imolação como resgate que tira os pecados do homem caído ao rebelar-se contra o Criador.

Pelo que minha alma, diante da consideração desta terrível, mas dramática realidade, agradece a Deus, exultante de gozo, com hinos e cânticos de louvor e sob a limitação da minha nulidade, com espírito adorante e contrito, humilhada diante da miséria do meu nada, reverente, trêmula e assustada, que o Verbo se fizesse carne e habitasse entre nós.

Mas, por meu amor por Ele e o drama da minha culpa por ter-lhe ofendido, ainda que tenha sido tão benéfico para mim o mistério da sua encarnação, vida, morte e ressurreição; teria preferido ficar mais pobre, ao não ser filha de Deus, enxertada em Cristo por Ele, com Ele e n’Ele, que a conseqüência de que, para salvar-me, tenha-se tido que realizar, para a glória do Nome de Iahweh, a doação de Deus, reparando meus pecados, em redenção de dilacerante crucificação;

compreendendo que a Santidade Infinita ofendida exigia, por perfeição da sua mesma natureza divina, reparação infinita diante da rebelião da criatura ao seu Criador; e, portanto, um Restaurador Infinito, do modo e da maneira que, ao que é Amor e pode e é Amor e ama, exige-lhe a sua perfeição ao querer-se derramar, desde a excelência da sua Santidade coeterna e infinita, sobre a dilaceração de nossa miséria, para o esplendor da sua glória em desbordamento de compaixão misericordiosa sobre a ruindade, pobreza e desacato de nossa miserável rebelião.

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Pelo que nunca podemos justificar nossa culpa, que forçou o mesmo Deus a ter que tirar de si mesmo um portento portentoso que, em derramamento de compaixão sobre nossa miséria, é a Misericórdia infinita de Deus em manifestação de como é Amor que ama, querendo-nos remir da nossa maldade pelo sangue do Cordeiro que tira os pecados do mundo.

Não há nada que possa justificar a rebelião contra Deus, ainda que suas conseqüências sejam muito gloriosas para nós, e a Ele essencialmente não tiram nem aumentam nada: mil vezes morrer antes que ofender a Deus!

Obrigada, Jesus, por teres ficado na Eucaristia! Eu te amo! Eu te adoro!

Mas teria preferido meu amor por Ti vagar, em meu peregrinar carregado de penas, sem tua amorosa e inefável companhia, antes que ver-te maltratado, crucificado e morto no patíbulo da cruz; abandonado por todos, e no olvido em que te encontras pela maioria dos teus filhos, depois de ter instituído o grande portento da Eucaristia, como manifestação majestosa e esplendorosa em esbanjamento do amor com que nos amas; e ter-te que ver profanado e tão sacrilegamente tratado pela maldade miserável dos homens, pelos quais, em crucificação cruenta, derramaste todo o teu sangue.

Bem-aventurada eu, com a carga dos meus pecados, por tal Redentor! Mas, apetece-lhe mais ao amor que tenho por ti, meu Jesus do Calvário e da Eucaristia, que criatura alguma nunca tivesse rebelado contra a tua Santidade infinita, e que te forçou, para a manifestação do teu infinito poder e o esplendor da tua glória, a realizar uma coisa tão maravilhosa para nós como dramática sobre Ti, para poder-nos remir dos nossos pecados, readaptando-nos aos planos eternos de Deus, que nos criou só e exclusivamente para que o possuíssemos, elevando-nos à dignidade inimaginável e insuspeitada de ser filhos seus, herdeiros da sua glória, e partícipes da vida divina.

O homem carnal que não conhece Deus nem a magnificência da majestade e esplendor da sua glória, não pode compreender, e parecer-lhe-á desatino, o que hoje, dia do Imaculado Coração de Maria, minha alma penetrou; por um lado, cheia de agradecimento porque «as misericórdias de Deus são eternas» e não têm fim; e, por outro, dilacerada e dolorida porque a manifestação da Misericórdia infinita tenha tido que ser tão dramática, em reparação cruenta diante da Santidade do subsistente Ser ofendido, e a restauração da nossa rebelião contra o Infinito e Coeterno Criador.

Obrigada, Senhor!, porque «amando aos teus os amaste até o extremo e até o fim» e ficaste conosco até a consumação dos tempos, como sustento de nossas almas, em comida e em bebida; para saciar a nossa fome e refrigerar a nossa sede pela saturação, em participação, da embriaguez da tua mesma divindade, em gozo gloriosíssimo e ditosíssimo de Eternidade:

«Se alguém tem sede, venha a mim e beba, e quem vem a mim nunca mais terá fome, e Eu darei gratuitamente da fonte de água viva». Já que «Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e Eu nele, e Eu o ressuscitarei no último dia».

«Obrigada, Jesus, por teres ficado na Eucaristia!; eu te adoro!

Obrigada, Jesus, por teres ficado na Eucaristia!; eu te amo!».

Humilhada e anonadada diante da miséria da minha ruindade, que tão descarada e desatinadamente, ao ofender-te, fez-te derramar todo teu sangue por todos e cada um dos homens, exclamo exultante de gozo no Espírito Santo:

em bem-aventurança converteu-se para mim a minha culpa pelo desbordamento do Amor Infinito, derramando-se em compaixão misericordiosa sobre a baixeza da minha ruindade!, que fez exclamar Cristo, com os braços estendidos:

«Quando Eu for elevado da terra, atrairei todos a mim».

Pelo que novamente lhe repito: Deus do meu coração, Senhor do Sacramento e meu Jesus do sacrário:

Obrigada por teres ficado na Eucaristia…!; eu, feita una com toda a minha descendência, te adoro!

Obrigada, Jesus, por teres ficado na Eucaristia…! «eu» te adoramos!

Obrigada, Jesus, por teres ficado na Eucaristia…!; Eu te adoro! e te agradeço, desde a baixeza da minha pequenez e a ruindade da minha miséria, quanto fizeste comigo em derramamento de amor misericordioso, lavando minha culpa de forma que pudesse chegar a ser, terminado o peregrinar desta vida, na Eternidade, em companhia de todos os Anjos e Santos de Deus, bem-aventurada diante da contemplação inefável da tua vida.

Mãe Trinidad de la Santa Madre Iglesia

Tema extraído do opúsculo n. 4 da Coleção: “Luz na noite. O mistério da Fé dado em sabedoria amorosa”.

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